terça-feira, 28 de junho de 2011

Univás lança curso Sequencial em História



Curso Sequencial em História
Período de inscrição: 27 de junho a 02 de agosto de 2011
Valor da taxa de inscrição: R$25 reais
Local: Unidade Fátima
Valor do curso: 5 parcelas de R$30 reais

A Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) abriu vagas para o curso Sequencial Superior de Complementação de Estudos referente à Nova História - métodos e pesquisa. As inscrições já estão abertas.

O curso Sequencial em História da Univás é uma oportunidade para as pessoas que gostam dessa área do saber e não tem condições de frequentar um curso de graduação em História de maneira regular, ou ainda por aqueles que procuram formação superior alternativa além da convencional, capacitação profissional ou apenas prazer em estar num espaço universitário.

O curso Sequencial e de Complementação Pedagógica da Univás capacitará e formará alunos que tenham concluído o Ensino Médio ou Superior. "Constituir um espaço de discussão sobre o movimento da História e as novas formas de ensino e pesquisa, capacitar professores de História que já atuam na rede de ensino e que não tiveram a oportunidade de aprender a Nova História, oportunizar um aprendizado para os alunos que já possuem graduação em preparar projetos de pós-graduação são alguns dos objetivos desse nosso curso sequencial", comenta a coordenadora do curso de História da Univás, professora Andrea Silva Domingues. 


Integrar alunos de diferentes idades no ambiente universitário e em especial a terceira idade, atender à demanda por formação em campos específicos do saber histórico, oferecer condições para acesso e qualificação de conhecimentos em complementação à formação superior também são metas deste novo curso.

A coordenadora do curso de História da Univás ainda lembra que os estudos realizados no curso Sequencial podem vir a ser aproveitados para integralização de carga horária "exigida para curso de Licenciatura em História, desde que os interessados cumpram os requisitos de ingresso no referido curso e, depois de matriculados, requeiram o aproveitamento dos estudos realizados no curso sequencial", disse.

As inscrições podem ser feitas na unidade Fátima da Univás ou pelo site: 
www.univas.edu.br 
. Informações pelo telefone: (35) 3449 2119 ou 8858 1990.

Por Lucas Silveira
Ascom/Fuvs

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ecos marcados na rua Comendador José Garcia



A autora do livro Ecos marcados na rua: o cotidiano e as memórias na rua Comendador José Garcia, Alessandra Maria Rosa de Mello é graduada em História pela Universidade do Vale do Sapucaí e especialista em História, Sociedade e Cultura. Durante entrevista concedida aos repórteres André Almeida e Carla Barbosa do Bloco de Notícias ela afirma que a rua surge não somente como um caminho, mas uma artéria dando vida ao seu trajeto, mostrando as marcas tatuadas em suas margens.


BN - Como surgiu a ideia do livro “Ecos Marcados na Rua”?

A.M - Surgiu com o trabalho de conclusão de curso que eu fiz para o curso de história e pela paixão que eu tenho pela a nossa cidade de pesquisar mais sobre essas pessoas que dão nome as ruas e sobre 
os prédios arquitetônicos da nossa cidade.

BN - Como foi o processo de produção editorial do livro ?

A.M - Foi um processo difícil, é uma coisa complicada, muito minuciosa, mas é gostoso também, e foi 
bem legal.

BN - De todas as histórias dos comerciantes da rua descritas no livro, qual foi a que mais te impressionou?

A.M - Foi a do seu Leone, que ele fala assim “colei na comendador” que desde quando ele chegou em Pouso Alegre foi na rua que ele montou o comércio dele, construiu sua casa e está vivo até hoje com 91 anos de idade, e da dona Terezinha foi um relato muito sentimental para a sua família, o pai dela tinha 
um comércio no local.

BN - Que características da rua comendador José Garcia foram marcantes ao longo do seu estudo?


A.M - Quando eu comecei a entrevistar as pessoas, eles falavam que antes de 1943 a rua era de terra e tinha muitas porteiras e perto da Casa Sarkis tinha uma ferraria, o que eu penso é a transformação 
da rua mesmo, com a sua mudança se tornou uma rua comercial.

BN - Qual foi a importância de José Garcia Machado para a cidade de Pouso Alegre?

A.M - Foi uma pessoa muito importante para a cidade, ele ajudou a implantar asilos, hospitais e na construção da catedral anterior a essa, inclusive doando o terreno.

BN - Como foi a transformação da rua comendador José Garcia desde o início de sua existência, até os dias de hoje?

A.M - Foi uma transformação radical, ela era totalmente ruralizada, tinha matos, porteiras, vacas e cavalos, e hoje a gente só vê carros, motos, pessoas e comércios.

BN - Qual é o público alvo que você pretende atingir?

A.M - No começo seriam os estudantes de história, porque eu utilizei muito da história oral, mas agora eu já percebi que as pessoas mesmo fora da universidade também estão se interessando pelo livro.

BN - Por que foi escolhida a rua Comendador José Garcia?

A.M- A gente encontra muitos relatos da praça Senador José Bento, da Dr. Lisboa, do Mercado Municipal, do Teatro e da Comendador a gente quase não encontra nada. Nem quem era o comendador eu sabia. Não tem foto dele em nenhum lugar na cidade. Eu consegui com uma bisneta dele em um acervo familiar. Então isso me interessou, e eu também já morei na rua, então tem essa coisa sentimental que se misturou e acabou resultando nessa pesquisa.

BN - A história pode ser entendida como o conjunto das experiências humanas. Baseado nisso, quais as principais experiências que podemos dizer ter constituído a história da rua?
A.M - As experiências foram muitas, principalmente dos comerciantes por ser uma rua central da cidade e começaram a se apaixonar pelo lugar. As experiências são desde os causos de histórias engraçadas, até pessoas que se emocionaram ao ponto de chorar. Também a gente pode perceber o cemitério na rua que mostra a tristeza das pessoas que passam por ela, então são vários tipos de emoções misturadas.

BN- A rua Comendador José Garcia foi se tornando a veia comercial, o que isso interfere ou modifica na narrativa de sua história?

A. M - Eu a entendo como uma artéria principal, ela vai interligando todas as ruas do centro para os bairros, então pra mim, isso seria o principal do trabalho, uma rua comercial, uma artéria da cidade de Pouso Alegre.

BN - Há muitas edificações preservadas na rua?

A.M - Não, Pouso Alegre não tem essa cultura de preservação.

BN- Há alguma semelhança da antiga Comendador com a atual sem levarmos em conta as edificações?

A.M - De 1943 pra cá tem alguns edifícios que persistiram ao movimento da rua, mas como eram mesmo não.

BN - Podemos dizer que o antigo Hospital Regional, e hoje Samuel Libânio, foi o principal responsável pela popularização da rua?

A.M - Ele foi responsável por trazer a população, e não é só o hospital, junto com ele, barzinhos para poder atender os transeuntes que esperavam por atendimento, os consultórios médicos que tem aos arredores, enfim, tem que ter certa infraestrutura pra manter aquele hospital.

BN- Como registrar fatos importantes da história e da memória de pessoas e instituições pode contribuir com valores pedagógicos?

A.M - Seria trazer para educação, para sala de aula essas novas fontes históricas, trazer os filmes, os vídeos, as fotografias, as imagens, as interpretações, não só como os livros estão acostumados a utilizar. A imagem não é uma ilustração, ela tem que conversar com o texto.

BN- Você teve alguma dificuldade na elaboração do livro?

A.M - Algumas entrevistas não foram realizadas, muitas pessoas negaram, não sei se por vergonha, muitas vezes as pessoas marcavam e não apareciam.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Monografias 2011

O curso de História da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) realizará na próxima semana, entre os dias 15 e 17 de junho, as apresentações das monografias elaboradas pelos acadêmicos como trabalho de conclusão de curso.

Cronograma

Dia: 15/06/2011

Acadêmico
 : Flávio Alessandro
Tema: Cinema de Cambuí
Orientadora : Elizabete Maria Espíndola
Banca: Andréa Silva Domingues e Rubens Laraia
Horário: 18h50

Acadêmico : Pâmela de Melo Silva
Tema: Os feirantes de Pouso ALegre
Orientadora : Andréa Silva Domingues
Banca: Juliano Hiroshi e Rubens Laraia
Horário: 19h40

Acadêmico : Mirelli Monteiro Machado e Oliveira
Tema: Festa de São João Batista, Tradição e Memória em Cachoeira de Minas
Orientadora : Andréa Silva Domingues
Banca: Elizabete Maria Espíndola e Juliano Hiroshi
Horário: 20h45

Acadêmico : Daniela Ferreira de Lima
Tema: A festa do Biscoito e os derivados da Mandioca
Orientadora : Juliano Hiroshi
Banca: Andréa Domingues Silva e Ana Rosa Nunes de Andrade
Horário: 21h35

Dia 16/06/2011

Acadêmico
 : Maria Rachel Carneiro Pinto e Cintra
Tema: Cazuza
Orientadora : Elizabete Maria Espíndola
Banca: Andréa Domingues Silva e Lauro José Siqueira Baldini
Horário: 18h

Acadêmico : Robson Machado
Tema: A questão indígena: o índio no livro didático utilizado no ensino público de Minas Gerais
Orientadora : Ana Eugênia Nunes de Andrade
Banca: Elizabete Maira Espíndola e Lauro José Siqueira Baldini
Horário: 18h50

Acadêmico : Varlei Rodrigo do Couto
Tema: "De mal necesário a problema da cidade". A formação do imaginário social em torno da prostituição feminina de Pouso Alegre (1969-1989)
Orientadora : Elizabete Maria Espíndola
Banca: Andréa Domingues Silva e Lauro José Siqueira Baldini
Horário: 19h40

Acadêmico : Allyson Eduardo da Silva Lima
Tema: "A caça e o caçador entram em extinção: os pescadores de Pouso Alegre nas águas do rio Sapucaí"
Orientadora : Juliano Hiroshi
Banca: Elizabete Maria Espíndola e Rubens Laraia
Horário: 20h45

Dia 17/06/2011

Acadêmico
 : Sâmara Carvalho da Silva
Tema: Carnaval de Pouso Alegre: cultura e resistência
Orientadora : Juliano Hiroshi
Banca: Andréa Silva Domingues e Rubens Laraia
Horário: 17h

Acadêmico : Kênia Esper Ferreira dos Reis
Tema: A lei 10639/03 no ensino privado de Pouso Alegre em estudo no colégio Objetivo
Orientadora : Andréa Silva Domingues
Banca: Marilda Laraia e Alexandre Brianese
Horário: 18h50

Acadêmico : Jéferson Tadeu Martins
Tema: A oposição à ditadura militar nos livros didáticos de História
Orientadora : Ana Eugênia Nunes de Andrade
Banca: Ana Rosa Nunes de Andrade e Alexandre Brianese
Horário: 19h40

Formação complementar

A professora do curso de História da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), Ana Eugênia Nunes de Andrade e acadêmicos de diversos períodos finalizaram o curso "São Paulo: História e fragmentos de uma metrópole" , promovido pelo Mosteiro de São Bento.

sábado, 4 de junho de 2011

Lançamento do livro

Alessandra Mara, ex-aluna do curso de história da Univás

Sinopse: A rua Comendador José Garcia traz consigo memória, patrimônio e práticas culturais diversas que permanecem nas lembranças individuais e sociais dos seus moradores e comerciantes, compondo uma parte da história pouso alegrense. A cidade é um espaço que nos convida a observar diferentes atores sociais em um infinito de relações, reconstituídos por lembranças de homens e mulheres de várias gerações, que projetam seus desejos, anseios, tristezas, alegrias em vários tempos da memória na arte de falar. É neste espaço de muitas histórias que percebemos os esquecimentos da formação social, que se desmancha na universalidade da cidade.