Luana Tais dos Santos
Delimitação
do tema: Canudos: a perturbação do poder
Problematização:
O arraial de
Canudos: salvação dos pobres?
Objetivo
geral: Analisar
e compreender as manifestações religiosas e sociais no arraial de Canudos.
Objetivos
específicos:
- Compreender como aquele arraial passou a incomodar o poder da República recém instaurada, a partir da analise de parte do trecho retirado do filme: A Guerra de Canudos.
- Fazer os alunos questionarem o poder da religiosidade popular no contexto da guerra de Canudos
- Compreender o papel social de Antonio Conselheiro perante a população.
Metodologia:
Iniciar a aula
apresentando a imagem retirada do trecho do filme Guerra de Canudos. Aqui
questionaremos quais as classes sociais que integraram o conflito, a
religiosidade popular da época que foi essencial para a adesão à causa e o
verdadeiro motivo que levou o governo a declarar guerra a Canudos.
Imagem retirada de parte do filme: A guerra de Canudos.[1]
● Quais as pessoas que viviam
no Arraial de Canudos?
● Por que aquela pequena vila
independente passa a incomodar tanto os poderosos latifundiários?
● Antônio Conselheiro: o
salvador dos pobres?
A guerra de Canudos
foi um conflito no sertão baiano, que terminou com a destruição do povoado de
Canudos - daí o nome da Guerra. Houve várias batalhas entre tropas do governo
federal e um grupo de sertanejos liderados por um líder religioso, Antônio
Vicente Mendes Maciel, o Antônio
Conselheiro (1828 - 1897). A região, historicamente caracterizada por
latifúndios improdutivos, secas e o desemprego crônico, passava por uma grave
crise econômica e social. Milhares de sertanejos e ex-escravos partiram para
Canudos, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes
habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social. Na
época, a população miserável da região agregou-se em torno do beato
Conselheiro, que havia passado anos pelo sertão pregando uma mistura de
doutrina cristã e religiosidade popular.
Em 1893, os sertanejos fundam o
arraial de Canudos, um povoado muito pobre que chegou a ter cinco mil casas e
de 20 mil a 25 mil habitantes. Canudos era regido pelo trabalho coletivo e
pelos ensinamentos religiosos de Conselheiro. Além desse caráter religioso, o
movimento criticava a República e contestava as inovações surgidas com ela,
como o casamento civil. Os fazendeiros junto a Igreja e unindo-se a República
recém instaurada queriam providencias em relação a Antonio Conselheiro e seus
seguidores, pois os mesmos se incomodaram com a nova cidade independente e com
a constante migração de pessoas. As relações do povoado com o governo começaram
a se complicar ainda em 1893, quando os moradores rebelaram-se contra a
cobrança de impostos e queimaram documentos emitidos pelo governo. Aos olhos
dos governantes, Canudos começou a ser vista não só como um arraial de
fanáticos religiosos, mas também como um ninho de rebeldes monarquistas e
perigosos, que precisavam ser eliminados.
Para acabar com os
revoltosos, o governo lançou a tal "guerra" - que consistiu, na
verdade, de quatro expedições militares. Nas três primeiras, o Exército foi
vencido pelos sertanejos. Na terceira delas, o massacre foi tão grande que até
o comandante das tropas federais foi morto em combate. Na quarta e última
campanha, o Exército conseguiu finalmente acabar com Canudos. Pelo menos 30 mil
pessoas morreram na batalha final.
Resultados
esperados: Que
os alunos formulem seus próprios questionamentos acerca do movimento da Guerra
de Canudos. Que percebam que os grandes latifundiários estavam perdendo
trabalhadores para o arraial de Canudos e isso passou a incomodalos. Juntamente
com a Igreja que passa a perder seus fiéis para o então profeta Antonio
Conselheiro.
[1] Imagem
retirada do filme a guerra de Canudos.
* Trabalho da disciplina Prática de Ensino em HVI sob a orientação da professora Ana Eugênia Nunes de Andrade.
* Trabalho da disciplina Prática de Ensino em HVI sob a orientação da professora Ana Eugênia Nunes de Andrade.