domingo, 2 de dezembro de 2012

A Guerra de Canudos


Luana Tais dos Santos

Delimitação do tema: Canudos: a perturbação do poder

Problematização: O arraial de Canudos: salvação dos pobres?

Objetivo geral: Analisar e compreender as manifestações religiosas e sociais no arraial de Canudos.

Objetivos específicos:

  • Compreender como aquele arraial passou a incomodar o poder da República recém instaurada, a partir da analise de parte do trecho retirado do filme: A Guerra de Canudos.
  • Fazer os alunos questionarem o poder da religiosidade popular no contexto da guerra de Canudos
  • Compreender o papel social de Antonio Conselheiro perante a população.
        
Metodologia: Iniciar a aula apresentando a imagem retirada do trecho do filme Guerra de Canudos. Aqui questionaremos quais as classes sociais que integraram o conflito, a religiosidade popular da época que foi essencial para a adesão à causa e o verdadeiro motivo que levou o governo a declarar guerra a Canudos.


Imagem retirada de parte do filme: A guerra de Canudos.[1]
           
● Quais as pessoas que viviam no Arraial de Canudos?
● Por que aquela pequena vila independente passa a incomodar tanto os poderosos latifundiários?
● Antônio Conselheiro: o salvador dos pobres? 

A guerra de Canudos foi um conflito no sertão baiano, que terminou com a destruição do povoado de Canudos - daí o nome da Guerra. Houve várias batalhas entre tropas do governo federal e um grupo de sertanejos liderados por um líder religioso, Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro (1828 - 1897). A região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas e o desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social. Milhares de sertanejos e ex-escravos partiram para Canudos, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social. Na época, a população miserável da região agregou-se em torno do beato Conselheiro, que havia passado anos pelo sertão pregando uma mistura de doutrina cristã e religiosidade popular. 

Em 1893, os sertanejos fundam o arraial de Canudos, um povoado muito pobre que chegou a ter cinco mil casas e de 20 mil a 25 mil habitantes. Canudos era regido pelo trabalho coletivo e pelos ensinamentos religiosos de Conselheiro. Além desse caráter religioso, o movimento criticava a República e contestava as inovações surgidas com ela, como o casamento civil. Os fazendeiros junto a Igreja e unindo-se a República recém instaurada queriam providencias em relação a Antonio Conselheiro e seus seguidores, pois os mesmos se incomodaram com a nova cidade independente e com a constante migração de pessoas. As relações do povoado com o governo começaram a se complicar ainda em 1893, quando os moradores rebelaram-se contra a cobrança de impostos e queimaram documentos emitidos pelo governo. Aos olhos dos governantes, Canudos começou a ser vista não só como um arraial de fanáticos religiosos, mas também como um ninho de rebeldes monarquistas e perigosos, que precisavam ser eliminados.

Para acabar com os revoltosos, o governo lançou a tal "guerra" - que consistiu, na verdade, de quatro expedições militares. Nas três primeiras, o Exército foi vencido pelos sertanejos. Na terceira delas, o massacre foi tão grande que até o comandante das tropas federais foi morto em combate. Na quarta e última campanha, o Exército conseguiu finalmente acabar com Canudos. Pelo menos 30 mil pessoas morreram na batalha final.


Resultados esperados: Que os alunos formulem seus próprios questionamentos acerca do movimento da Guerra de Canudos. Que percebam que os grandes latifundiários estavam perdendo trabalhadores para o arraial de Canudos e isso passou a incomodalos. Juntamente com a Igreja que passa a perder seus fiéis para o então profeta Antonio Conselheiro.




[1] Imagem retirada do filme a guerra de Canudos.
* Trabalho da disciplina Prática de Ensino em HVI sob a orientação da professora Ana Eugênia Nunes de Andrade.